SOBRE O DCE

O Diretório Central dos Estudantes foi fundado em 1975, após o inicio de flexibilização politica da ditadura militar que vigia no Brasil. Em sua fundação, contou com o auxílio ativo do Ir. Clemente Ivo Juliatto, então Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis, parceiro de primeira hora do DCE e Reitor mais longevo da historia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Já durante sua primeira década de existência, o DCE foi o responsável por articular, junto as mais diversas entidades de representação estudantil, a criação de Centros Acadêmicos independentes, que tinham sido proibidos pela reforma universitária ocorrida durante a Ditadura, em 1973.

Em 1983, as primeiras manifestações pelas eleições diretas para presidente da república repercutiam pelo País, e o DCE participou ativamente do movimento intitulado “Diretas Já”.

A inflação no Brasil era estratosférica e, na volta as aulas para o segundo semestre, a Universidade decidiu reajustar, em muito, os valores das mensalidades. O DCE realizou uma Assembleia Geral na praça cívica, onde entre 2.500 e 3.000 estudantes exigiam o diálogo junto à Reitoria, o que não ocorreu.

Dessa forma, sendo que não havia negociação, os estudantes dominaram o Campus Curitiba durante mais de 30 dias, sendo que o prédio administrativo serviu como sede da ocupação.

O movimento foi histórico e despontou, nos estudantes de todo o País, a busca pela manifestação daquilo que discordavam. Poucos meses após a invasão da PUCPR, espalhou-se por todo o País o movimento dos “Caras-Pintadas”, que culminaria do impeachment do Presidente Collor.

Durante nossa terceira década, o DCE foi responsável direto pela organização e criação de diversos centros acadêmicos, muitos que existem até os dias de hoje e são responsáveis por representar os respectivos cursos junto as coordenações e decanatos, além de organizar eventos acadêmicos, culturais, esportivos e recreativos.

Durante esse período, o DCE e a Universidade voltaram a pautar, de forma efetiva e honesta, as principais dificuldades dos estudantes, na busca dessas soluções. Um período com momentos de tensionamento e distencionamento, mostrando que o diálogo é o melhor caminho para construções futuras.

O movimento estudantil, cada vez mais sólido, foi se mostrando ativo na união entre os campi da PUCPR, promovendo diversos momentos de integração como o Encontro de Centros Acadêmicos (ECA), Jogos Internos da PUCPR (JIP) e Conselho de Entidades de Base (CEB).

Próximo de completar seus 50 anos de história, o DCE encontra um dos seus momentos mais desafiadores. O fim do repasse (verba mensal que era repassada pela Universidade ao DCE e aos Centros Acadêmicos), atingiu frontalmente a viabilidade das ações do movimento estudantil.